Tarde da noite, eu já meio dormindo, minha irmã me ligou:
– Li suas últimas postagens. Tá bem impessoal, né?
– ???
– É… Você começou a escrever sobre coisas…
– ????
– Não fala mais das suas emoções…
– Como não? São crônicas, o que sinto, o que vejo, o que acontece…
– É, mas… tá diferente…
– Diferente… (bocejo) vou ver o que tá diferente…
– E não esquece que amanhã começa a segunda temporada da série “The Tudors”. Confirma aí no seu aparelho o horário e me diz.
Bato uma continência imaginária, viro para o lado e torno a chamar o sono, não sem antes pensar: amanhã vou escrever esse diálogo. Ele é o símbolo de todos os 25 telefonemas diários trocados entre minha irmã e eu.
Nossa! Como é bom ter uma irmã como a minha! Que gargalha pelas coisas mais bobas, que estende a mão diariamente, que faz planos para daqui a 15 minutos e no décimo terceiro já planejou outra coisa. Que me acorda à noite para dizer que parei de escrever sobre emoções e me acorda pela manhã, totalmente pilhada, para dizer que me ama e que a nossa dieta do colesterol é maravilhosa!
Você tem uma irmã como a minha?