Eu e Shee vagamos por um mundo em tons de cinza, bruma e cheiro de grama orvalhada, caminhamos pela estrada reta, não enxergamos seu fim, continuamos passo a passo, firmes em nosso propósito de não pararmos. Ela vai com o focinho parecendo um limpa trilhos de trem, cheirando tudo, mas firme em frente. Subimos e descemos pequenas elevações, e continuamos fortes em frente. Não tem fim essa estrada, o sol já esteve atrás de nós, já esteve por cima de nós, agora começa a baixar lá na frente, em breve virá o lusco-fusco, em seguida a escuridão, a estrada em que andamos não tem iluminação, talvez não tenha luz e continuamos em frente. É outono no Rio e eu acordo empapada em suor de tanto andar.