O que mais a incomodava eram as desculpas pelas ausências. Seu comportamento também não era propriamente entendido por ela, somente aceito. Chegar a um compromisso sozinha era quase como não ter ido. A primeira vez em que se desligou desse sentimento de aprisionamento foi numa festa na academia. Riu, conversou, bebeu e brincou, sem se lembrar do passado, ou do ausente, como se, enfim, liberta das amarras que a seguraram por tantos anos. Ela havia permitido essas amarras, por acomodação, ou por ser o preço a pagar, ou simplesmente pelo tempo corrido sem percepção.