Sabe aquele domingo que não é verão mas já está quente, que você olha para o armário sem saber o que vestir, e fica na dúvida se leva, de novo no braço, o casaco para passear?
Sabe aquele domingo em que o mundo invade as praias da cidade, em que línguas variadas são ouvidas no mercado, e você fica na dúvida de que sorvete comprar?
Sabe aquele domingo em que o maior dilema a ser resolvido é se sobe no táxi que conduzirá à melhor companhia ou se deita na rede que você não tem pendurada na varanda que não existe?
Sabe aquele domingo em que você é recebida de braços abertos por amigas queridas, em que joga conversa para dentro, bebe cerveja e se delicia com moqueca de peixe feita na hora por mãos de fada?
Sabe aquele domingo em que a conversa flui, mas se ficar em silêncio ninguém reclama, em que você se sente tão acolhida que poderia tirar uma soneca no sofá?
Pois é, todos os dias poderiam ser domingos assim.